Para Haddad, cancelamento de questões prejudica 99,9% dos alunos
Ministro da Educação disse que governo vai recorrer da decisão da Justiça sobre o Enem
Ainda abatido pela recente decisão, Haddad recordou a batalha jurídica envolvendo o Enem no ano passado e disse que já considera essa decisão, em primeira instância, como sóbria. Ao contrário do que aconteceu em 2010, quando a Justiça chegou a suspender todo o exame, essa hipótese está afastada este ano. “Seria um desastre cancelar todo o Enem”, disse.
Para o ministro, no entanto, a resolução pode ser aperfeiçoada. O governo entende que o acesso por alunos do Colégio Christus a questões que caíram no exame é uma situação isolada, que deve ser tratada cirurgicamente, onde ocorreu o problema. “A decisão de cancelar as questões afeta 99,99% dos candidatos que não têm nada a ver com o problema de Fortaleza”, afirmou.
Como já havia ocorrido na semana passada, Haddad voltou a alfinetar o colégio Christus, uma das instituições onde ocorreu o pré-teste de itens para o exame em 2010 ocasião em que as questões foram fotografadas. Segundo o ministro, tudo indica que ocorreu uma fraude na escola – a Polícia Federal ainda não divulgou o resultado da investigação sobre as questões. “É lastimável. Se não podemos contar com educadores, com quem poderemos contar?”, indagou.
Apesar dos problemas, o ministro voltou a defender o Enem como um instrumento transformador do ensino médio e substituto do vestibular e negou que os jovens sejam contra o exame. Ao comentar os protestos recentes contra o Enem, disse duvidar que sejam representativos. “As pessoas conseguem discernir esses episódios pontuais, dois dos quais foram criminosos (o roubo da prova na gráfica em 2009 e a divulgação das questões do pré-teste em 2011)”, defendeu.
Lula e as EleiçõesEm uma entrevista a setoristas de educação, o tema das eleições 2012 apareceu apenas no último bloco. O pré-candidato à prefeitura de São Paulo avaliou que o partido se comportou bem e está pronto para as prévias – existia a expectativa de brigas e disputas acirradas no PT. O candidato preferido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não quis relacionar nenhum impacto na sua performance como prefeiturável em relação ao câncer de seu padrinho político. “Neste momento, só me preocupo e torço para que Lula se restabeleça”, disse.
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