Segundo polícia, tiroteio aconteceu na Avenida Brasil; ninguém ficou ferido.
Policiais de outros batalhões foram acionados para dar apoio.
Novo ataque aconteceu no dia em que PM fez uma
operação (foto) em cinco favelas da região
(Foto: Reprodução / TV Globo)
Um dia após um tiroteio que deixou dois PMs feridos, policiais militares voltaram a ser alvos de criminosos na noite desta sexta-feira (9), perto da Favela de Manguinhos, no subúrbio do Rio de Janeiro. As informações foram confirmadas pela Polícia Militar. Segunda a PM, o tiroteio aconteceu na Avenida Brasil, próximo à Fiocruz. Ninguém ficou ferido.operação (foto) em cinco favelas da região
(Foto: Reprodução / TV Globo)
Policiais militares do Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq) realizavam uma abordagem na via, quando outro veículo que passava pela Avenida Brasil bateu na viatura.
De acordo com o Batalhão de Choque, traficantes de Manguinhos, que fica próximo à via expressa, aproveitaram da situação e atiraram contra os agentes, que não revidaram. Já a Fiocruz informou que o prédio da fundação não foi atingido pelos disparos e que orientou os funcionários a não utilizarem a saída da Rua Leopoldo Bulhões, por questões de segurança.
Ainda segundo a polícia, agentes de outros batalhões chegaram a ser acionados para o local, mas os criminosos conseguiram fugir. Após o tiroteio, os policiais patrulharam a área. Dois homens que passavam pela Avenida Brasil numa moto foram presos sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Os dois, de acordo com a PM, estavam sem documentos.
A dupla foi levada para a 21ª DP (Bonsucesso), onde o caso foi registrado. Na delegacia, os policiais constataram que já havia mandados de prisão expedidos contra eles por tráfico de drogas. A PM informou que o patrulhamento foi reforçado e que o clima é de aparente tranqüilidade na região. Não há registro de novos confrontos.
PMs baleados na quinta-feira
Na quinta-feira (9), dois policiais militares foram baleados por criminosos na Rua Leopoldo Bulhões, uma das principais vias de acesso à Favela de Manguinhos. Segundo a PM, traficantes atiraram contra um blindado que enguiçou na via. O veículo apresentou problemas após deixar a Favela do Mandela, onde acontecia uma operação.
Ainda segundo a PM, os dois PMs que ficaram feridos estavam num reboque que tinha ido resgatar o veículo. O quadro de saúde dos agentes é estável e eles não tem previsão de alta.
A Polícia Civil identificou os mandantes do ataque de quinta-feira. Segundo a polícia, a ordem partiu de dois suspeitos conhecidos como “Davi Paraíba” e “Churrasquinho”. Contra eles já há mandados de prisão expedidos pela Justiça por tráfico de drogas.
Nesta sexta-feira, cerca de cem policiais militares do 22º BPM e de outros batalhões fizeram uma operação em cinco favelas da região. A ação foi uma resposta ao ataque de quinta-feira. Em nota oficial, a Polícia Militar informou que quatro suspeitos de tráfico de drogas foram presos e drogas e vários cadernos com anotações da contabilidade do tráfico apreendidos.
PMs foram recebidos a tiros
Além de Manguinhos, a PM também esteve nas favelas Mandela 1 e 2, Varginha e Jacarezinho. Pela manhã, houve uma intensa troca de tiros na chegada da polícia. Por causa disso, não houve aula numa escola da rede estadual e três unidades do município interromperam as atividades no início da tarde. A UPA de Manguinhos também fechou as portas.
A Secretaria municipal de Saúde informou que a UPA e a Clínica da Família que funcionam em Manguinhos fecharam por medida de segurança. Apesar de algumas escolas terem fechado as portas, a Secretaria municipal de Educação disse que as unidades funcionaram normalmente.
Já a Fiocruz informou que, também por medida de segurança, a recomendação foi que os funcionários evitassem utilizar o portão de acesso que fica na Leopoldo Bulhões.
Numa área descampada, traficantes usavam barracos de madeira como esconderijo. Num buraco no chão, foram encontrados 10 kg de maconha e uma prensa usada para confeccionar os tabletes da droga.
Balanço da operação
Manguinhos (Foto: Bruno Gonzalez / Ag. O Globo )
Entre os presos na operação está um suspeito de participar do tiroteio na noite de quinta-feira, informou o tenente-coronel Cláudio Oliveira, comandante do 22º BPM. Segundo ele, o suspeito é foragido da Justiça.
Em uma página de um dos cadernos apreendidos está escrito o valor de R$ 1.500 e ao lado a palavra "arrego" (gíria para propina). Segundo o tenente-coronel Cláudio Oliveira, foi aberta uma averiguação para aprofundar a informação, já que se trata de um dado genérico: "Pode ser o pagamento a um advogado, a algum médico, um funcionário público, um policial", disse ele.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2011/09/pms-voltam-ser-alvos-de-criminosos-perto-de-manguinhos-no-rio.html
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