domingo, 11 de setembro de 2011

ESPECIAL 11 DE SETEMBRO - DEZ ANOS

EUA lembram os dez anos do 11 de Setembro

Presidente dos EUA, Barack Obama, está no Memorial do 11/9 em Nova York, onde começaram os eventos para marcar a data
Sob forte esquema de segurança após alertas de uma possível nova conspiração da rede terrorista Al-Qaeda, os EUA lembram neste domingo o décimo aniversário dos ataques em que 19 terroristas usaram quatro aviões para atacar as Torres Gêmeas, em Nova York, o Pentágono, em Washington, e que, confrontados pelos passageiros, causaram a queda de uma aeronave na Pensilvânia. (Veja cronologia dos ataques)


Para o décimo aniversário do 11 de Setembro, numerosas celebrações estão previstas em Nova York e em outras cidades americanas, com os parentes dos quase 3 mil mortos se reunindo nos locais dos ataques.


No Marco Zero (onde ficavam as Torres Gêmeas do World Trade Center), onde será inaugurado um memorial em homenagem às vítimas, o presidente dos EUA, Barack Obama, e a primeira-dama Michelle deram início aos eventos deste domingo às 8h40 local (9h40 em Brasília). Entre outras autoridades, também participam da cerimônia o ex-presidente George W. Bush (2001-2009) e sua mulher, Laura, o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani e os governadores de Nova York e Nova Jersey.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, foi o primeiro a falar sobre os ataques que mudaram os EUA e o mundo, lembrando que as vítimas "eram nossos vizinhos, amigos, mulheres e parentes". Após seu pronunciamento, os presentes observaram o primeiro minuto de silêncio pelas vítimas às 8h46 (9h46 em Brasília), horário do primeiro ataque, quando o voo 11 da American Airlines atingiu a Torre Norte do WTC.
Em sua fala no Marco Zero, a única declaração pública de Obama foi a leitura do Palmo 46, que se refere ao refúgio e à força de Deus. "Fiquem serenos, e saibam que sou Deus", entoou o presidente americano. Após a breve fala de Obama, que durante a cerimônia ficou juntamente com Michelle atrás de uma proteção à prova de balas, começou a leitura dos nomes dos 2.753 que morreram nos ataques no WTC. O total não inclui os dez terroristas a bordo das duas aeronaves.
Intercalada com poemas, orações, mas sem celebrações religiosas, a leitura foi interrompida no horário exato do segundo ataque, lançado com o voo 175 da United Airlines contra a Torre Sul às 9h03 (10h03 de Brasília) e do colapso colapso da Torre Sul, às 9h59 (10h59 de Brasília). Ela também será interrompida para marcar o colapso da Torre Norte, às 10h28 local (11h28 de Brasília).
Bush, que era presidente dos EUA na época dos ataques, leu uma carta de Abraham Lincoln (1861-1865) para uma mulher que perdeu seus cinco filhos na Guerra Civil dos EUA. "Sinto quão fraca e infrutífera deve ser qualquer palavra minha para tentar consolar uma perda tão inimaginável", leu Bush, citando Lincoln. "Mas não posso evitar de apresentar-lhe o consolo que pode ser encontrado no agradecimento da república pela qual eles morreram para salvar."
Além da lembrança das vítimas do WTC, também serão lidos os nomes dos mortos no ataque no Pentágono - lançado com o voo 77 da American Airlines - e na queda do voo 93 da United Airlines em Shanksville, Pensilvânia, com momentos de silêncio sendo observados no exato momento dos respectivos impactos dos aviões (9h37 e 10h03 local - 10h37 e 11h03 de Brasília, respectivamente).
Depois disso, os parentes das vítimas visitarão o novo memorial no Marco Zero. Muito esperado, esse espaço paisagístico de três hectares será aberto ao público a partir de segunda-feira. Com mais de 200 castanheiras, possui duas grandes fontes, com as paredes de água fluindo sem parar. Foram erguidas no lugar exato onde estavam as Torres Gêmeas. O nome de cada vítima está inscrito em seu entorno.


<span>Familiar de um dos 40 passageiros e tripulantes do Voo 93 se emociona em muro construído em homenagem às vítimas na Pensilvânia</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Minuto de silêncio é feito na Pensilvânia no exato horário em que um avião sequestrado caiu em Shanksville, sem atingir seu alvo, há dez anos</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, Mike Mullen, o Secretário de Defesa Leon Panetta, e o vice-presidente Joe Biden participam de cerimônia no Pentágono</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Barack e Michelle Obama embarcam no Air Force One na Base Aérea de Maryland, nos EUA. O presidente viaja para participar de cerimônias do 11 de Setembro</span> - <strong>Foto: AFP</strong> <span>Toques finais são dados nos nomes das vítimas que compõem o painel no Memorial Nacional 11/9</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Um bombeiro observa homenagens a vítimas em memorial próximo ao lugar onde ficava o World Trade Center, em Nova York, antes dos ataques</span> - <strong>Foto: Reuters</strong> <span>Robert Peraza, que perdeu seu filho Robert David Peraza, faz uma pausa perante o nome do seu filho no Memorial do 11/9 em Nova York</span> - <strong>Foto: AFP</strong> <span>O presidente Barack Obama e o ex-presidente George W. Bush visitam o Memorial Nacional 11/9</span> - <strong>Foto: AFP</strong> <span>Parente homenageia vítima dos atentados do 11 de Setembro em Nova York</span> - <strong>Foto: Reuters</strong> <span>Presidente Barack Obama abraça parente de vítima dos atentados durante cerimônia no Memorial Nacional 11/9</span> - <strong>Foto: AFP</strong> <span>Parentes das vítimas seguram fotos e cartazes durante a cerimônia que marca os dez anos dos atentados no Memorial Nacional 11/9</span> - <strong>Foto: AP</strong> <span>Barack e Michelle Obama, ao lado de George W. Bush e Laura, participam da cerimônia no Memorial Nacional 11/9, em Nova York</span> - <strong>Foto: Reuters</strong> <span>Obama discursa em cerimônia realizada no Memorial Nacional 11/9, em Nova York</span> - <strong>Foto: Reuters</strong> <span>Presentes na cerimônia no Memorial Nacional 11/9, em Nova York, se emocionam</span> - <strong>Foto: Reuters</strong> <span>Mulher chora ao ouvir os nomes das vítimas serem pronunciados em homenagem realizada no Memorial Nacional 11/9, em Nova York</span> - <strong>Foto: Reuters</strong> <span>Criança chega ao Pentágono, em Arlington, para a cerimônia em homenagem às vítimas dos atentados do 11 de Setembro que morreram no local</span> - <strong>Foto: Getty Images</strong> <span>Bandeira dos Estados Unidos flamula no Marco Zero, em Nova York</span> - <strong>Foto: Reuters</strong> <span>Parentes de vítimas dos atentados participam da cerimônia no Pentágono, em Arilngton</span> - <strong>Foto: Reuters</strong>

Perto do memorial está sendo levantada a principal torre do novo complexo, o One World Trade Center, que alcançará 1.776 pés (541 metros), o futuro edificio mais alto dos EUA. Sua altura, em pés, corresponde ao ano da independência americana.
Em Shanksville, Pensilvânia, uma cerimônia em memória das vítimas do voo 93 da United Airlines começou às 9h30 local (10h30 de Brasília). Segundo a Casa Branca, Obama comparecerá a esse evento também. No sábado, Bush, seu antecessor, Bill Clinton (1993-2001), e o vice-presidente Joe Biden participaram de uma cerimônia em homenagem aos 40 passageiros e tripulantes do voo 93 que caiu no local.
No Pentágono, será realizada solenidade com a presença de Obama e do secretário de Defesa Leon Panetta. Em Washington, está programado "Um Concerto pela Esperança", às 20h30 local (21h30 de Brasília), com discurso do presidente americano e apresentações do astro country Alan Jackson, a lenda do R&B Patti LaBelle e a renomada mezzo soprano Denyce Graves.
Em sua mensagem divulgada no rádio e na internet no sábado, Obama deu uma prévia da mensagem que fará neste domingo no Kennedy Center. Na véspera do aniversário dos ataques, Obama pediu união nacional e um olhar para um futuro compartilhado.
"É claro para todo o mundo ver - os terroristas que nos atacaram naquela manhã de setembro não são páreo para o caráter de nosso povo, a resiliência de nossa nação ou a força de nossos valores", afirmou um dia antes do décimo aniversário dos atentados. "Ao olhar para o futuro, seguiremos demonstrando que os terroristas que nos atacaram são impotentes frente à coragem e resistência do povo americano", disse Obama.
*Com EFE, AP e AFP

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