domingo, 13 de novembro de 2011

Após ocupação, bandeira do Brasil é hasteada na favela da Rocinha



Uma bandeira do Brasil e outra do Estado foram hasteadas no alto da favela da Rocinha, zona sul do Rio, por volta das 12h50 deste domingo. A comunidade foi ocupada por forças de segurança durante a madrugada. É o primeiro passo antes da instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) no local.















O hasteamento --símbolo da tomada da favela pelas forças de segurança-- ocorreu na localidade conhecida como curva do S. Outra cerimônia ocorrerá hoje no morro do Vidigal.


Na manhã deste domingo, a polícia informou que um foragido da Justiça foi recapturado e que armas foram apreendidas na Rocinha. As armas --12 fuzis e uma metralhadora-- foram encontradas Bope (Policiais do Batalhão de Operações Especiais) e estavam enterradas na mata, no alto da comunidade. Uma granada e rojões também foram apreendidos.

Durante as buscas na comunidade, policiais também revistaram a casa de luxo de Sandro Luis Amorim, conhecido como Peixe, em busca de drogas. Considerado o chefe da segurança do traficante Nem --preso na semana passada--, Peixe foi detido na sexta passada. No imóvel de Peixe havia piscina e hidromassagem.

A Polícia Militar deve permanecer na favela até a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) --a 19ª do Rio. A Rocinha é uma das maiores do Rio, e sua pacificação é considerada chave para a política de segurança da gestão de Sérgio Cabral (PMDB).

Apu Gomes/Folhapress


Agradecimento

Os acessos à Rocinha foram bloqueados por volta das 2h30, e a polícia começou a ocupar a favela por volta das 4h. O chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio, coronel Pinheiro Neto, afirmou que foram ocupadas as favelas da Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu. Segundo ele, a situação estava sob domínio da polícia às 6h. Não houve disparos de tiros.

Cabral ligou para a presidente Dilma Rousseff na manhã deste domingo para agradecer o apoio federal na ocupação da favela da Rocinha, na zona sul do Rio.

O governo disponibilizou 160 policiais federais, 194 fuzileiros navais, 46 policiais rodoviários federais, além de 18 blindados da Marinha.

Ajuda

Helicópteros da polícia sobrevoam a comunidade da Rocinha, zona sul do Rio, e lançam panfletos com os dizeres "sua comunidade está sendo pacificada". No papel, há e-mail e números de telefone para que os moradores denunciem traficantes, esconderijos de armas e drogas.

Mais cedo, a chefe da Polícia Civil no Rio, Martha Rocha, fez um apelo às mulheres que moram nas favelas para que denunciem ações criminosas dos traficantes. "Mãe, avós, trabalhadoras, nos ajudem a combater o crime", disse.

Nem

Na quarta-feira passada, foi preso Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, 35, apontado como chefe do tráfico na Rocinha.

O governo quer saber quem seriam os policiais que, segundo Nem disse em depoimento informal à Polícia Federal, recebiam propina de cerca de R$ 500 mil por mês.

"Espero que essa pessoa revele o que ela sabe tanto em relação a desvios de conduta de agentes públicos, quanto na arquitetura do tráfico", disse o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame.

O traficante disse que faturava, em média, R$ 1 milhão por mês com o tráfico e que metade era distribuída para policiais. Ele não deu nomes.

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