terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Secretaria faz auditoria para apurar funcionários fantasmas

Telma Evangelista confirmou que recebeu denúncias e mandou averiguar
A Secretaria Estadual de Saúde informou ontem que vai fazer auditoria para apurar denúncias de irregularidades no Programa Saúde da Família (PSF) no Piauí. Vão ser apuradas denúncias de que há médico atendendo em quatro municípios, médicos que não atendem os pacientes, enfermeiro que se passa por médico, médicos usando o registro no CRM (Conselho Regional de Medicina) de outro médico.


A diretora da Unidade de Assistência à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Telma Evangelista, informou que serão feitas auditorias para apurar as denúncias. Há casos de falta de médico e de médicos que não trabalham, ou nunca trabalharam, mas estão cadastrados no Ministério da Saúde como se estivessem ativos nas equipes do PSF. As equipes do PSF são formadas por médico, enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem e agentes comunitários de saúde para o desenvolvimento de ações de diagnóstico e orientação para o tratamento de doenças, promoção da saúde, prevenção de agravos e reabilitação dos pacientes.

Telma Evangelista confirmou que recebeu denúncias e mandou averiguar. "Denunciem o que está errado para que possamos tomar providências e encaminhar ao Ministério da Saúde", comentou a diretora, atestando que existem denúncias, inclusive de médicos que recebem dinheiro sem atender no município. O Ministério da Saúde já suspendeu repasses no mês de dezembro para o custeio de 220 equipes do PSF, 205 equipes de Saúde Bucal e 1.533 agentes comunitários de saúde em 22 estados, incluindo aí o Piauí.

A transferência dos recursos federais é restabelecida assim que os gestores locais do SUS comprovam, ao governo federal, que as inadequações foram solucionadas. Atualmente, existem mais de 32 mil equipes de Saúde da Família implantadas em 5.288 municípios, o que representa um percentual de 95% de cobertura. O que motivou a suspensão dos recursos foi a duplicidade de cadastro apurado pelo Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e outras irregularidades investigadas pelo Ministério para ter mais transparência na aplicação dos recursos destinados para atenção básica de saúde.

A secretária estadual da Saúde, Lílian Martins, disse que a fiscalização está sendo rigorosa e vão ser excluídos os profissionais de saúde que não estejam atuando dentro dos ditames do programa. As secretarias municipais de saúde estão sendo contactadas para acompanhar as estratégias e execução dos programas de saúde.


FONTE:
Reportagem 180 Graus

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