quinta-feira, 24 de maio de 2012

SEDUC FAZ relotação em escolas para fragilizar grevistas

ESTÃO SENDO MUDADOS DE ESCOLAS e dizem ser retaliação aos que não voltaram ao trabalho O clima é tenso dentro de muitas escolas da rede pública estadual do Piauí. Mesmo com o fim da greve, alguns professores não retornaram para as salas de aula, e enquanto isso, a Secretaria Estadual de Educação faz um relotação de professores, que vem desagradando alunos e principalmente, os docentes.

Segundo a professora Maria Viana, diretora da Unidade Escolar Pequena Rubim, localizada no bairro Mocambinho, onde parte dos professores aderiu a greve no estado, já circula a informação de que todos os professores serão remanejados para outras escolas.
“Já tivemos dois casos de professores que chegaram de outras escolas, com um documento na mão, dizendo que teriam de mudar de escola, e que a determinação era do senhor secretário e do Governador, e que não adianta, porque não tem como mudar”, disse a diretora por telefone ao 180graus.
Ela contou que ontem os professores, revoltados, iniciaram um protesto na escola. “Muitos estão revoltados porque moram no bairro, e temem serem relotados para escolas distantes. Alguns alunos também não gostaram da noticia, por conta do vínculo criado com o professor”, contou.
Maria Viana acrescentou ainda que um dos professores que chegou com a documentação não aceitou ficar. “Somos uma escola de tempo integral, e o professore de Matemática que chegou aqui não aceito ficar, se revoltou e foi embora”, disse informando sobre o medo dos demais professores de que ocorra o mesmo, em resposta a greve que parou a educação pública estadual.
Porém a secretaria de Educação nega que seja retaliação. O 180graus conversou com a professora Eudina Maria Rocha, diretora da Unidade de Gestão e Inspeção da Seduc, o trabalho é apenas para adequar o funcionalismo da rede, e garantir que não haja mais prejuízos no período letivo, que já foi diretamente comprometido.
“Antes mesmo da greve vinhamos fazendo este trabalho. Quem quer trabalhar da sua forma não pode continuar. Temos professores que não ficam na escola o período devido, onde precisam desempenhar atividades pedagógicas, e por isso, estamos adequando os professores às escolas para que cumpram a carga horaria devida”, explicou.
Ela nos contou que há os professores de 40h, que cumprem 28h em sala de aula, e os de 20h, que devem cumprir 14h. “Eles tem de cumprir toda carga horaria”, enfatiza a professora garantindo que esta não é uma retaliação à greve. “Só pra você (repórter) ter uma ideia, em 2011, tínhamos 312 mil alunos para 27 mil professores. Em 2012 o numero de professores é o mesmo, porém o numero de estudantes caiu para 281 mil. E é para não deixar estes professores sem lotação, que estamos fazendo este trabalho”, finaliza.

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