quinta-feira, 3 de maio de 2012

Grevistas queimam pneus em ato e professora é atropelada

Centenas de professores aguardam do lado de fora, a reunião entre o governador e o Sinte, com protestos.

Um grande tumulto se formou com a chegada do Corpo de Bombeiros e do Gate na manifestação. Os professores queriam impedir que os bombeiros apagassem o fogo dos pneus, que estão colocados na avenida Frei Serafim. 

O Samu chegou para levar a professora que disse que vai fazer um Boletim de Ocorrência (BO) contra o deputado Antonio Uchoa. Ela garante que era ele quem estava volante na hora do atropelamento.

Yala Sena/CidadeVerde.com

Populares confirmam a versão da professora de que seria o deputado conduzindo o carro, uma Hillux, que teria aberto o vidro e parado após o atropelamento, mas como todos começaram a bater no veículo, teria arrancado novamente. 
O major Lucena tenta negociar a desobstrução das vias e avisa que a Polícia Militar só está no local para evitar maiores tumultos. 

Atualizada às 11h30 

A professora Germani Maria Torres, 45 anos, lotada na unidade escolar Maria da Conceição, no bairro Renascença II, zona Sudeste de Teresina alega ter sido atropelada pelo carro do deputado estadual Antônio Uchoa, durante os protestos na avenida Frei Serafim, ao lado da Igreja São Benedito. Ela está com um corte na perna. 


“Ele jogou o carro para cima de mim. Foi de propósito. Ele tinha me visto”, declara a professora aos gritos e com a perna cortada. Ela não soube informar se o deputado estava no carro. 

Os grevistas estão revoltados com a atitude do motorista e começaram a queimar pneus na rua. 

 

Os representantes do Sinte continuam reunidos com o governador dentro do Palácio de Karnak. A reunião que estava prevista para iniciar às 9h30, começou com mais de uma hora e meia de atraso.  


Atualizada às 11h19

Cerca de 500 professores da rede estadual de ensino realizam uma grande manifestação ao lado do Palácio de Karnak, na manhã desta quinta-feira(03). Pelo menos duas ruas foram interditadas e o policiamento foi reforçado.

Os professores fecharam a avenida Frei Serafim ao lado da Igreja São Benedito e a rua Paissandu que passa atrás do Palácio de Karnak e usam carro de som, cadeiras no meio da rua e apitos na manifestação. Eles aguardam o desfecho de uma reunião que acontece com o governador Wilson Martins, o secretário Átila Lira, o Ministério Público e representantes do Sindicatos dos Trabalhadores em Educação (Sinte). 


Por conta do grande número de pessoas, a segurança do Palácio de Karnak foi reforçada e a promotora Leida Diniz passou cerca de 40 minutos tentando entrar para a reunião. 

As ruas no entrono da avenida Frei Serafim já estão engarrafadas por conta da aglomeração e o trânsito está parado. A greve dos professores já dura 63 dias e eles reivindicam o piso salarial nacional para a categoria.


Professores utilizam o carro de som para protestar. A professora Antonia Ribeiro disse o trânsito está parado por culpa do governador  e o professor Landim Neto disse que foi agredido por policiais do Karnak que ameaçou jogar spray de pimenta nele. 

Muitos cartazes apontam os “Inimigos da Educação Pública no Piauí”, com fotos dos 20 deputados que votaram a favor do reajuste abaixo do piso nacional, além das fotos do governador e do secretário de Educação. 

Reunião no Karnak 

O governador Wilson Martins disse que sabia que uma minoria está fazendo parte do movimento, mas que em respeito aos professores estava abrindo uma negociação. Ele reafirmou que o Estado não tem condições financeiras de dar um reajuste de 22% linear para os professores. 

Participam da reunião o secretário de Administração, Paulo Ivan, Procurador Geral do Estado, Kildere Rone, o secretário de Educação, Àtila Lia, a presidente do Sinte, Odeni de Jesus e uma comissão de professores. 

O governador Wilson Martins fez um apelo para que os professores voltem para sala de aula. A reunião continua e pode haver avanço em outras propostas. 

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