terça-feira, 22 de novembro de 2011

Captavox: Saúde é apontada como o problema mais grave em 5 cidades

60% apontam saúde e segurança os problemas mais graves em Teresina; Veja dados

Conseguir atendimento médico em Teresina e nas quatro maiores cidades do Estado – Floriano, Parnaíba, Piripiri e Picos – virou uma via crucis para o piauiense. É o que revela a pesquisa do Instituto Captavox divulgada hoje pelo portal Cidadeverde.com. Fotos: Thiago Amaral

Os eleitores entrevistados nas cinco maiores cidades do Piauí e em todas elas o item saúde é o problema mais graves para os prefeitos gerenciar. Em segundo lugar, aparece a segurança pública como a principal queixa entre os entrevistados. Em Teresina, foram entrevistados 600 eleitores entre os dias 27 e 29 de setembro. No interior, foram 450 pessoas ouvidas.

Em Teresina, a saúde é o principal problema para 38,83% da população, seguido por segurança pública, que foi lembrada por 22,50%.



Ao tomar conhecimento da pesquisa Captavox, o prefeito Elmano Férrer (PTB) reafirmou que a saúde é uma das prioridades de governo. “Não vamos tolerar mais esse tipo de queixa. Estamos viabilizando recursos junto ao governo federal para desafogar os hospitais e melhorar o atendimento a população”, disse.  

Piripiri

Em Piripiri, o índice é maior. Para 45,56% da população a saúde é o principal quesito. Em segundo vem a limpeza pública, com 18,44% dos votos. Já em Parnaíba, 43,11% das pessoas votou na saúde como problema principal e urbanização em segundo, com 22,67%.


O índice em Floriano foi menor. 28% da população reclama da saúde, sendo que 24,67% afirmou que a limpeza pública incomoda. Como é o caso de Picos. Lá, 25,78% da população se queixa da saúde, enquanto 21,78% argumenta que o principal problema é a limpeza pública.



Para o prefeito de Picos, Gil Paraibano, a situação da saúde no município deve-se ao hospital regional Justino Luz, que não consegue atender a demanda e acaba enviando casos simples para Teresina. "Aqui não tem um hospital, tem um chiqueiro. As ambulâncias vão todas para Teresina. O Justino Luz, quando chega um doente lá, manda para Teresina. Às vezes, o problema poderia ser resolvido aqui, mas acaba mandando para lá. E os hospitais da rede privada o SUS paga pouco. Eles não querem atender", afirmou o prefeito.


Floriano

Já o secretário municipal de Saúde de Floriano, Maurício Bezerra, argumenta que é preciso separar a gestão estadual da municipal. Em Floriano, a demanda maior (urgência e emergência) é atendida no hospital regional Tibério Nunes.


Segundo o secretário, o atendimento básico, através do Programa Saúde da Família, funciona através de agendamento. Os postos de saúde atendem cerca de 6 mil pessoas por mês e há dificuldades financeiras que estão sendo sanadas em relação ao hospital regional. "Nossa dificuldade é oferta de especialidades, como ortopedia e urologia. Os pacientes são mandados para Teresina. O Tibério Nunes informa a produção para a Secretaria Municipal e a gente faz o repasse, que vem do governo federal. A discussão é o aumento desse teto. Já fizemos uma proposta de aumento. Hoje o valor total é R$ 310 mil e fizemos proposta para R$ 380 mil, que daria para melhorar o atendimento", afirma o secretário.

A secretária de Saúde de Parnaíba, Tânia Cristina Sousa, também coloca que o alto percentual deve-se ao hospital regional Dirceu Arcoverde, que não tem verba suficiente para melhorar o atendimento. Ela conta o caso de uma mãe que desde maio tenta uma consulta para o filho com neuropediatra e não consegue.

Entre os itens mencionados pelos entrevistados estão educação, limpeza pública, segurança, trânsito/congestionamento, transporte público e urbanização.

Leilane Nunes

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