quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Vasco perde para o Universitário e se complica na Sul-Americana

Derrota (2 a 0) em Lima obriga time cruzmaltino a vencer por diferença de três gols dia 9, em São Januário


Foto: AP Ampliar
Bernardo lamenta lance em derrota do Vasco
A julgar pelo resultado contra o Aurora, da Bolívia, na fase anterior da Copa Sul-Americana, a derrota desta noite para o Universitário, em Lima, no jogo de ida do torneio continental, não é de tirar o sono. Mas o placar de 2 a 0, gols de Ruidíaz e Torres, obriga o Vasco a derrotar o time peruano por uma diferença de três gols. A partida de volta será dia 9, no Rio, mas com a força máxima.
Na semana passada, os bolivianos sentiram na pele o que é jogar sob pressão no Caldeirão de São Januário - voltaram para casa impiedosamente goleados por 8 a 3. A diferença é que, tecnicamente, o Universitário é bem superior.
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O jogo
O técnico Cristóvão Borges surpreendeu na escalação. No lugar de Leandro, ele lançou Bernardo na frente, ao lado de Alecsandro. Assim, com um meio de campo ousado – Julinho, como ala, tinha funções ofensivas na lateral-esquerda – queria imprimir um ritmo forte, sobretudo nos contra-ataques.

O estado do gramado fez os vascaínos demorarem com a adaptação. Além de castigado, o piso lembrava grama sintética. Com isso, o Universitário mandou na partida nos primeiros minutos. Tanto que aos 9, após cruzamento de Fano, Ruidíaz domina o chuta no canto direito de Fernando Prass. O goleiro vascaíno, bem colocado, salvou de tapinha.
A resposta do Vasco veio somente aos dez minutos depois. Bernardo cobrou falta da entrada da área e Douglas, autor de um dos gols na goleada de 8 a 3 sobre o Aurora, na semana passada, cabeceou de costas. Por pouco, não pega o goleiro de surpresa. Mas a bola saiu à esquerda de Llontop.
O Universitário poderia ter saído na frente no minuto seguinte. Desta vez, porém, Ruidíaz retribuiu a gentileza e cruzou na medida para a cabeçada certeira do companheiro. A bola já estava fora do alcance de Prass, que nada fez além de observá-la. Só que Nilton apareceu e, com um chutão, evitou o gol em cima da linha.
Os donos da casa continuaram insistindo. Aos 33, Flores caiu na área ao disputar uma bola com Fágner. Os jogadores do time peruano pediram pênalti, mas o árbitro mandou seguir. No entanto, cinco minutos mais tarde, Douglas derrubou Torres na área. Agora sem dúvida. Ruidíaz cobrou no alto, sem chance para Fernando Prass: 1 a 0.
Na comemoração, o atacante correu na direção da torcida em forma de agradecimento. Em crise, o Universitário não vê a cor do dinheiro há cinco meses, já houve ameaça de greve por parte dos jogadores e mesmo assim o torcedor não deixou de apoiar.
O Universitário poderia ter feito o segundo logo em seguida. Flores toca por cima de Prass. E mais uma vez Nilton evita que a bola morra no fundo da rede.

Foto: EFE
Vasco até lutou bastante, mas não conseguiu superar o Universitario no Peru

O Vasco voltou sem alteração no segundo tempo. Aos 6 minutos, Bernardo foi derrubado na entrada da área por González. Sem Juninho Pernambucano, o meia assume a responsabilidade das bolas paradas. A cobrança, com estilo, enganou quase todos no estádio: a bola explodiu na placa de publicidade e voltou na rede, pelo lado de fora – dando a impressão de ter entrado.
Alecsandro parece ter ficado com ciúme de Bernardo, e na jogada seguinte também acertou a rede, mas devo pelo lado de fora. No entanto, quem não estava com a pontaria afiada eram os jogadores do Universitário. Aos 14, Fano recebe belo passe de Torres e tocou na saída de Prass: 2 a 0.
Como o gol fora de casa ajudaria – e muito – no jogo de volta, Cristóvão trocou o volante Diego Rosa pelo atacante Leandro. A partir daí, o Vasco se lançou ao ataque desesperadamente. O time teve um pênalti não assinalado por Carlos Vera a seu favor. Alecsandro foi derrubado na área – teve a camisa puxada -, pediu a marcação da falta, mas foi ignorado. Aos 45, Cristóvão deu sua última cartada: o grandalhão Patrick entrou no lugar de Diego Souza, que teve atuação apagada, mas em nada acrescentou.

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