Rota da droga tinha origem no Paraguai, passava por São Paulo e envolvia voos de avião e transporte em ônibus.
Em coletiva à imprensa, a Polícia Federal afirmou que entre as 14 pessoas já presas na Operação Salvador, há dentistas, professores e mototaxistas. Eles trabalhavam em uma espécie de disque-drogas que atuava nas regiões Sudeste e Leste da capital e cidades circunvizinhas, além de Picos.
Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com
A coletiva foi conduzida pelos delegados Olegário e Carlos Alberto Nascimento. Eles disseram que o entorpecente tinha origem no Paraguai e passava por São Paulo até chegar ao Piauí. "A droga chegava em São Paulo e a líder da quadrilha, que era uma mulher, fazia a distribuição para os 'mulas'. Cada um recebia uma quantia de R$ 1 mil a R$ 5 mil para que a droga fosse transportada de São Paulo a Teresina. Eles iam de avião e voltavam de ônibus", revela Nascimento.
As investigações apontaram que toda a droga que vinha para o Piauí era distribuída por dois “gerentes” homens, um em Picos e outro na capital, sendo que o de Teresina distribuía para municípios vizinhos, como União.
Fotos: Jordana Cury / Cidadeverde.com
Distribuição
Depois que a droga chegava em Teresina, era levada aos consumidores a través de um disque-droga. “A pessoa pedia a quantidade de droga que queria e mototaxistas (um dos quais foi preso) faziam a entrega. Há também a participação de dentistas e professores que deixaram a profissão e estão no tráfico”, conta o delegado Carlos Nascimento. Segundo ele, um dos presos hoje já havia sido detido dentro da operação Amálgama.
De acordo com a polícia, o distribuidor de Teresina abastecia 22 bocas de fumo nas regiões Sudeste e Leste da cidade.
"A maioria dos consumidores é de pessoas da classe média. Neste caso, os consumidores podem pagar pelo tráfico. Elas tem o perfil de quem não quer se expor, por isso utilizaram o disque-drogas", completa o delegado.
Apreensões
A PF informa que foram apreendidos pelo menos de oito motos, cinco automóveis, 50 kg de droga (maconha e cocaína com 90% de pureza), o total pode chegar a R$ 4 milhões.
O nome da operação Salvador diz respeito ao nome de um dos presos cujo nome é Messias. Dos 16 mandados de prisão, 14 foram cumpridos e dois estão foragidos, um em São Paulo e outro no Piauí. Nove dos 10 mandados de busca e apreensão já foram cumpridos.
Segundo o delegado Carlos Alberto Nascimento, os presos não têm ligação com o PCC.
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