terça-feira, 27 de novembro de 2012

Privatização da Agespisa trará R$ 1 bilhão ao Piauí

As muitas reclamações da população e as pressões do governador Wilson Martins por uma saída para o problema de abastecimento d’água e saneamento em Teresina estão levando a Agespisa a buscar parcerias.


A decisão foi tomada pelo governador Wilson Martins e a Agespisa manterá o que já administrando no centro de Teresina , mas as obras e projetos de ampliação e expansão do abastecimento de água, saneamento e esgotos para empresas da iniciativa privada.
As empresas que farão parceria com a Agespisa irão investir R$ 1 bilhão nos novos projetos de ampliação e expansão dos serviços de abastecimento de água, saneamento e esgotos.
A Agespisa vai fiscalizar as empresas que assumirão os serviços de abastecimento de água e esgotos nas áreas que ainda não tem capilaridade.
Para o governador Wilson Martins, uma das alternativas é fazer consórcio com empresas especializadas nesse tipo de atividade, para gestão do abastecimento das áreas da cidade de Teresina hoje não atendidas pela companhia de águas. O tema já chegou a ser discutido no Conselho Diretor da Agespisa no início do mês.
A direção da empresa convocou para esta terça-feira uma entrevista coletiva. O presidente da Agespisa, vai anunciar o início das discussões públicas sobre a possibilidade de formação de parcerias.
Este tipo de saída está sendo estimulada pelo governo federal, com financiamento dirigido para este fim.
Essa solução está sendo adotada em Estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.
No caso da Agespisa, a construção de parcerias passou a ser levada em conta diante das pressões.
Desde o ano passado, o governador Wilson Martins vem cobrando uma saída para os constantes problemas de abastecimento de água na capital. A cobrança tanto do governador como da população cresceu em outubro, quando num intervalo de dez dias duas panes na Estação de Tratamento de Água (ETA) deixaram os 800 mil teresinenses desabastecidos.
A primeira alternativa apresentada ao governador Wilson Martins foi de construção de uma nova ETA. Os dados técnicos, no entanto, condenam essa saída, já que a Agespisa desperdiça nada menos que 60% da água tratada na ETA das proximidades do Distrito Industrial.
“Se reduzir essa perda de 60 para 40%, teremos um aumento de 50% na água que chega à população, não sendo necessária uma nova ETA”, fala Raimundo Neto.
O problema do abastecimento pode ser solucionado com uma gestão mais eficiente, principalmente com uma rede de distribuição mais moderna.
Já no caso do esgotamento, o problema é bem maior hoje, apenas 17% da população de Teresina tem esgoto em casa. O compromisso da Agespisa, estabelecido nos termos de concessão assinado com a Prefeitura de Teresina, é universalizar a cobertura de esgoto em oito anos.
Somando-se as duas coisas, as projeções mais modestas apontam para a necessidade de uma injeção de R$ 750 milhões apenas em Teresina. Somando-se às necessidades do interior, esse valor se multiplica por três.
O problema é que a Agespisa tem uma dívida histórica que impede a empresa de contratar novas operações de crédito. Para piorar, com as perdas absurdas, a empresa praticamente empata as receitas com as despesas, não sobrando recursos para investimentos, ainda mais nesse valor.
Fonte:http://www.meionorte.com/efremribeiro/agespisa-entrega-para-setor-privado-ampliacao-do-abastecimento-de-agua-e-esgotos-231798.html

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