quarta-feira, 23 de maio de 2012

Professores ignoram ameaça do governo e continuam greve

O movimento continua acampado na Praça da Liberdade, ao lado do Palácio de Karnak  Mesmo com a ameaça do governo de cortar o ponto e abrir processo administrativo por abandono de serviço, muitos professores da rede estadual de educação continuam em greve, que já dura mais de 80 dias.



O movimento continua acampado na Praça da Liberdade, ao lado do Palácio de Karnak. A sede do governo inclusive foi cercada por uma barreira de proteção para evitar que os grevistas façam manifestação naquele local.

Um grupo com cerca de 20 professores estava na tarde desta segunda-feira (21/05) na praça em continuidade da greve. “O governo faz essa ameaça, mas o movimento continua. Não recebemos nenhum documento formal sobre o processo administrativo, e se estamos em greve isso não pode acontecer. Não é a presidente do sindicato que decide o fim da greve e também não é o governo”, disse o professor Wellington Gomes Marinho.

Segundo ele na escola em que dá aula, na Pedra Mole, sequer há quadro suficiente de professores, e nem tem estrutura. Desde o ano passado o governo prometeu colocar ar-condicionado na escola e até agora só chegaram alguns ventiladores, lá é um calor insuportável, sem condições para professores e alunos.

Segundo o professor Wellington, a greve continua

“Estamos lutando pelos nossos direitos, o governo já deveria ter dado o piso desde o início do ano, e não parcelar por quatro meses ainda. Estou em greve desde o primeiro dia e continuarei”, concluiu o professor.

Professores seguram cartazes em praça


AGRESSÃO NA RÁDIO PIONEIRA
Os professores afirmaram que foram massacrados na confusão que aconteceu na rádio Pioneira no último sábado, segundo eles, seguranças agrediram os professores. Uma delas mostrou a mão machucada, ela afirma que um segurança pisou na sua mão. Diabética ela afirma que foi internada e passou a noite tomando soro e insulina.

Professora mostra marca de agressão

AGRESSÃO NO VERDÃO

Durante o jogo da inclusão, no último dia 10 de maio, professores tentaram entrar no Verdão para protestar no jogo em que o deputado federal Romário, do mesmo partido do governador, estava jogando. Eles tiveram seus cartazes rasgados por policiais do Rone.


O professor Fausto Ripardo afirma que foi impedido de entrar, e segundo ele, o capitão Fábio Abreu o imobilizou, levando-o para um espaço na parte inferior do ginásio e começou a enforcá-lo. “Foi um absurdo, esses policiais não podem agir dessa forma, isso é tortura. Mas eu fiz exame de corpo de delito, fiz a denuncia e a documentação está toda aqui.

Muitos professores já voltaram às salas de aulas, mas o quadro ainda é insuficiente para a retomada regular das aulas.

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